Eu achei que era a única desse mundo a ter um filho que i-d-o-l-a-t-r-a o lixeiro. Coisa mais maluca um guri de menos de 3 anos se encantar tanto por algo que consideramos as mais nojentas das profissões.
Não é nada fácil para uma mãe assumir perante a sociedade que seu filho ama o lixeiro, enquanto outras mães se vangloriam de filhos apaixonados por heróis, por bichinhos animados e por profissionais que despertam a fantasia, como policiais e bombeiros. Mas foi num evento (muito bacana e do qual vou falar num outro post) que Chris Nicklas contou da antiga obsessão de seu filho e da comoção familiar em torno desta fantasia: o filho dela também era encantado pelo lixeiro.
Paradigma quebrado! E eu me assumi pública e virtualmente como mãe de fã de lixeiro.
Vocês não têm noooooçããããããõooo do que é esperar pelo caminhão na janela e dar tchau para a trupe toda que corre atrás de um caminhão cheio de sons e luzes. Eis que um dia, o lixeiro viu o pequeno na janela e soltou um “Tchau, neném!”. Nunca vi olhos tão brilhantes de filho como aquele dia. E comemorou: “O lixeiro é meu amigo!”.
No Natal, Papai Noel se desdobrou pelas cidades atrás de um caminhão de lixeiro. E encontrou 2 modelos. Concluí que há outras famílias na mesma vibe.
O mais legal foi quando estávamos saindo de casa e reparei que o caminhão estava descendo a rua. Enrolei até o caminhão passar do ladinho do menino, e ele ficar encantado com tudo aquilo bem pertinho dele. E não é que o lixeiro foi uma simpatia de pessoa: tirou sua luva e deu um aperto de mão no filho. E o pequeno lá, estático, extasiado… Parecia que estava vendo o Mickey na parada da Disney com show pirotécnico. Só que não! Era só o lixeiro.
E a família toda se mobiliza: quando passa o lixeiro na casa das avós, correm todos para a janela para dar tchau.
O ápice foi com a tia. Para onde as tias levam sobrinhos para passear? No parque, no zoo, no cinema? Só se for a sua tia, porque aqui rolou passeio pro aterro sanitário, ver a fila de caminhões descarregando o lixo. Exagero? Eu achei o maior barato. E alimento muito as fantasias tão importantes no desenvolvimento do meu menino.
Sempre achei lixeiros profissionais que merecem meu respeito: por fazerem o que fazem, com tanto vigor, disposição e alegria (nunca vi um lixeiro que não faça bagunça ou cantarole na hora de trabalhar!). Mas depois de ver a atitude deles com as crianças, passei a ter ainda mais consideração.
Que fique aqui registrado meu apreço por esses macunaímas que tanto alimentam a imaginação do meu filho, que, sem saber, ajudam até na hora de comer!
“Come, filho, come para ficar forte e correr como o lixeiro!”.
Aiai ri muito com a história da visita ao aterro sanitário! Que sacada da tia! E tá certo, um pouquinho de “fantasia” na infancia é sempre bom, mesmo se o super herói vem vestido de macacão laranja.
Com certeza! O importante é embarcar na aventura deles, né?
Jokas da Mi
Mimizoide, adorei o final: o argumento pra fazer o Nicolas comer!! Que divertida esta historia! Um beijao
Mãe é um ser criativo por natureza! Por isso realiza mais sinapses do que um ser humano qualquer…hehehe
Jokas de saudades da Mi
Que legal!
O importante eh viajar junto na imaginação dos pequenos! E se Dudu quiser ser amigo dos lixeiros, vou dar o maior aopio!
Dudu já tem sua heroína: Popó!
Visualizo um rapaz, chegando em casa, falando: Aê, mãe, fiz uma tattoo! – mostrando as costas fechada com a Galinha Pintadinha.
Jokas da Mi
Oh God!!!
Tomara que ele seja da coleta seletiva.
(comentário mega cheira meia da minha parte)
Ahahah!!!
E tá certo deixar o filho fantasiar, afinal ele não tem nem 3 anos ainda!
Come meu filho pra ser lixeiro da coleta seletiva! 😛
Beijos,
Ana Carolina
Bem verdade, Ana! Se é para viajar na maionese, que seja sustentável pelo menos. Maionese orgânica e sem gordura trans!!!
Jokas da Mi
Vai falar que o lixeiro não é um super-herói???
Amei o post!! Meu marido é advogado de umas empresas de coleta de lixo em São Paulo e me conta altas histórias, eu fico admirada! Vou mandar ele aí para a hora da história antes de dormir!
Bjos,
Camila
http://www.mamaetaocupada.com.br
Nossa, filhote não ia dormir, não! Ia fazer seu marido contar as histórias em modo looping…kkkkk
Jokas da Mi
ai amiga
só vc pra trazer a publico nós das sacadas com bbs no colo dando tchau pras mais diferentes serviços e veículos !
aqui não pode se ver um TRATOR, isso mesmo! tenho uma menina apaixonada por trator. por sorte tem um monte de obra aqui em volta. Vira e mexe lá estamos nós dando tchau, mandando beijos e dançando (isso mesmo-dançando) com uma menina de 2 anos
beijocas mil
Hahaha! Aqui há um gosto pelo trator, mas nada que se compare ao lixeiro.
Taí um excelente tema para pesquisas: pq as crianças gostam de veículos estranhos!
Jokas da Mi
oi camila: ele devia imprimir este texto e distribuir para os funcionários! seria emocionante, heim?
beijoca
adorei este texto!
ou destas que entra mesmo na viagem dos filhos e essa é uma super viagem subversiva… muito bom!
beijoca
Acho fundamental participar da viagem dos pequenos. E eu só estou começando a jornada, pq a fase da fantasia vai até uns 7 anos, e o meu filhote ainda não completou os 3.
Bora fazer as malas!!!
Jokas da Mi
SOU destas…
Oi!
Adorei o blog e gostaria de seguí-lo?
#comofaz?
Beijos,
Aline
É só vc inserir o http://www.diiirce.com.br no seu agregador de blogs. Mas já vou providenciar um atalho na barra lateral pra já!!!
Jokas da Mi diiirce
Pronto! O atalho para seguir o blog já está na barra lateral, Aline 🙂
Que fantástico esse post!!!
A-M-E-I!
Parabéns!
Realmente eles tem um trabalhão, correm, andam, se esforçam e ainda ficam “pegando e cheirando” o lixo de uma cidade inteira (o q qqr um acha, no mínimo, desagradável). Mas alguém tem que fazer. E eles merecem todo o respeito mesmo! Imagina se eles não existissem? Como ficaria a cidade?
E conheço outras crianças que gostam deles… 😉
A minha ainda é meio pequena, não percebeu o encanto deles.
Beijos!
Não é? Eu semprei achei lixeiro uma das profissões mais importantes e menos valorizadas.
Por isso faço questão de eles verem o filhote feliz com a chegada deles: deve ser recompensador, pelo menos.