Não espere seu filho crescer e ser obrigado a lavar louça. Ensinar essa tarefa de um jeito divertido pode ajudar no desenvolvimento das crianças. Entenda como.
Todos prontos para deixar a criançada brincar na pia? Sim! Digo brincar porque é assim que a criança precisa enxergar as tarefas do dia a dia. Se for como obrigação, na base do você tem que fazer tal coisa, a atividade perde o brilho e passa a ser castigo. Cuidar da casa é um ato de amor, não apenas obrigação. Providencia uma cadeira, banquinho, o desapego por algumas louças e deixa a molecada brincar de lavar louça. Afinal, estudos mostram que ajudar em casa faz bem à criança.
Não tem mais desculpa para não ensinar a criançada a lavar louça. Se seu filho já se senta e consegue segurar objetos, já dá para ele te ajudar com a louça. Pode parecer exagero, mas no cadeirão ou mesmo no chão, deixe a criança brincar com um pouco de espuma e alguns potes. Esse ato de imitar adultos faz muito bem aos bebês que estão no processo de entender que ele e a mãe agora são corpos diferentes. Quando a mãe ou o pai (os avós…) diz eu lavo a minha louça e você lava a sua, o bebê vai internalizando essa individualidade.
Se ele já tem 2 anos, já consegue subir na cadeira e enxaguar potes plásticos, colheres e até ensaboar algumas peças na própria pia, sempre ao olhar atento de um adulto. Aos 5, a criança já é capaz de lavar e enxaguar potinhos, copos plásticos e colheres sem ajuda – mas sempre com supervisão. A louça fica mais lisa e a coordenação motora é trabalhada para fazer mais força, assim como os movimentos para falar e enxaguar.
A partir do sete, já podemos liberar uns copos ou panelas. Aos 9 a criança já é capaz de lavar a louça de uma das refeições. E aos 12, libera tudo porque já tem força e coordenação para lidar com tudo na pia. O senso espacial vai se aguçando cada vez mais para saber que a louça tem que ir da pia para a água, da água para o escorredor. E depois, a relação de causa e consequência é trabalhada quando a criança maior precisa escolher na melhor posição da louça para escorrer e secar com mais facilidade.
Quando as crianças nos ajudam nas tarefas, nem sempre fica do jeito que queríamos. Mas vamos tentar nos controlar e focar nas coisas boas. Se seu filho lavou a louça e deixou uma sujeirinha ou não enxaguou direito, segura a crítica aí dentro e deixe apenas as coisa boas saírem. Parabenize o que ele fez de bom. Em vez de criticar, peça para ele observar o próprio trabalho e verificar se da próxima vez poderá fazer algo diferente. Se ele não notar os erros, peça permissão para dar uma sugestão. UMA ÚNICA SUGESTÃO. Finalize com um abraço de orgulho.
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Por exemplo, você vê sabão na louça, respira e… “Filho, obrigada por ter lavado nossa louça. Você lavou muitas peças hoje, hein! Está de parabéns. Olha quanta louça! Você acha que poderia fazer algo diferente da próxima vez? … Posso te dar uma ideia? Que tal tentar contar até 5 com a louça embaixo da água da próxima vez? Talvez te ajude a ficar ainda melhor. Estou muito orgulhosa do seu esforço!” E pronto! Sem briga, sem cara feia.
Seu elogio faz a autoestima do seu filho se fortalecer, e aquela atividade de ajudar em casa será sempre prazerosa para ele. A sugestão se transforma em desafio, ao contrário da crítica vira bloqueio. Ele vai tentar diferente da próxima vez. E os laços da família estarão cada vez mais estreitos e fortalecidos!
Vale lembrar mais uma vez que as crianças precisam sempre estar sob a supervisão e o olhar atento de um adulto para evitar acidentes. Principalmente as que precisam subir em cadeira para ajudar. E a escolha de um sabão adequado também é ideal para evitar alergias. Se não houver a possibilidade de utilizar um detergente hipoalergênico, opte pelo bom e velho sabão de coco, bem diluído em água: menos agressivo para a pele e para o planeta.
[…] o momento enquanto a gelatina fica na geladeira e deixe seu filho lavar a louça. As crianças se divertem bastante e desenvolvem um senso de pertencimento que auxilia demais na […]